Prof. Jorge Turco A serviço do Rei Lutando por Vidas... Como todo menino pobre do subúrbio carioca, Jorge Luis Silva de Medeiros, o Jorge Turco, como é conhecido popularmente, não teve uma infância fácil. Nascido no bairro de Madureira (zona norte), em 02 de novembro de 1971, Jorge sofreu as dificuldades de uma vida marcada pela separação de seus pais aos 11 anos de idade, tendo de residir – em busca de moradia fixa – em algumas comunidades como Fauna (Cordovil), Morro do Chaves (Barros Filho), Cesarão (Sta. Cruz) e por último Gouveia (Paciência), onde começa a saga de um Lutador por Vidas... Em sua adolescência, sem qualquer referência paterna em sua vida, passou a viver os conflitos da busca pela afirmação social.
Desde então, constantes brigas em bailes funk, pequenos furtos e assaltos a coletivos, mulheres e idosos se tornaram o cenário do cotidiano de um menino queria andar na moda de sua época.
Mas o destino lhe preparava uma grande cilada... Antagonicamente, Madureira, seu bairro natal, se tornaria palco da morte eminente desse jovem. “Eu estava vindo do baile do Pavunense (Pavuna) com um grupo de amigos, e cortamos caminho a pé até Irajá. Pegamos o 940 (ônibus) até Madureira. Lá, nos deparamos com outro grupo rival que nos perseguiu até a estação a base de pedradas e tiros”, relembra Jorge Turco, que naquele dia foi alvejado com um tiro em sua cabeça. “Eu pensei que tivesse levado uma pedrada. Em todo o momento permaneci consciente de tudo o que acontecia em minha volta. Quando cheguei em casa, a minha mãe me alertou sobre o acidente que eu tinha sofrido dizendo que eu tinha levado um tiro... Busquei ajuda médica e durante 4 meses permaneci com o resto desfigurado e com uma bala alojada próximo ao meu cérebro”, explica Jorge lamentando o fato.
No entanto, enquanto sua mãe e amigos da família acreditavam na transformação positiva de um novo Jorge Turco, este jovem-adulto, agora com 18 anos de idade, enveredou para o mundo das drogas, chegando a se envolver com amizades preocupantes, como o tráfico de sua comunidade. Porém, este comportamento hostil não permaneceria por muito tempo na pessoa de Jorge. “Eu sempre fui brigão, arrumador de confusão. Amava os filmes do Bruce Lee. Aí, em 1990 eu conheci o Mestre Junior, de karatê... Ele sabia que era um duro e não teria condições de treinar na academia dele lá em Paciência. E foi aí que eu passei a treinar de graça lá. Em 1991, conheci o Prof. Adelino, de tae-kwon-do, no centro de Campo Grande. E foi onde eu comecei a me preparar como atleta para campeonatos”, relata Jorge Turco, que até então ainda não havia encontrado forças para se livrar do vício das drogas. Ao todo, foram nove competições, entre 1991 e 1993, sendo sete campeonatos como campeão, uma com colocação na terceira posição e uma eliminação. “A presença desses mestres na minha vida, me fez entender que a luta exigia uma disciplina. Disciplina esta que nunca havia existido dentro de mim. Mas eu só fui entender que precisava apagar a droga dessa nova fase da minha vida, quando eu fui vítima de um princípio de overdose numa danceteria que eu freqüentava na zona norte. A partir dali eu passei a entender que luta e droga não combinavam”, diz Jorge Turco em tom de advertência.
Ainda em 1993, Jorge Turco passa a ter contato com o Kick Boxing, na época uma nova modalidade de luta no mercado brasileiro, que acabara de chegar a Campo Grande, introduzida pelos Profs. Junior e Juan. “Teve um treino lá na academia do Prof. Junior de uma nova modalidade de luta. Curioso, eu fui lá conferir. Nessa, o mestre me colocou logo pra treinar... Aí, eu tomei uma surra daquelas de um professor que já dominava o kick boxing”, relembra bem humorado. “Daí pra frente eu senti que tinha que aprender aquela luta de qualquer jeito e não abandonei nunca mais essa modalidade”, define Jorge Turco, que chegou a ser campeão brasileiro profissional de Kick Boxing em 1996.
Tudo parecia estar dando certo em seu novo plano de vida, porém Jorge acreditava que um algo mais ainda faltava para completar este caminho ainda sem brilho... “Em 2000, eu fui convidado por um amigo chamado Marcos (Memel) a conhecer uma igreja em Vila Nova (Campo Grande) chamada Monte Horebe, onde, num culto em uma segunda-feira, aceitei de todo o meu coração a Cristo, sob as palavras do Pr. Silmar Coelho... Ali eu pude entender que desde a minha infância, Deus tinha um plano especial na minha vida, me livrando das armadilhas do inimigo... Eu podia ter morrido com um tiro, Ele me livrou. Podia ter morrido de overdose naquela danceteria, Ele me livrou. Podia ter morrido lá na boca, perto dos meus amigos do tráfico e Ele me livrou. Só porque tinha um plano especial pra minha Vida. E agora Ele quer que eu lute por mim, por você e por todos aqueles que o aceitarem de todo o coração, pois sei o quanto é difícil renunciar o mundo e seguir a Cristo, o Lutador dos Lutadores”, declara o Prof. Jorge Turco, hoje presbítero da “Comunidade Evangélica Crescendo na Unção” (Campo Grande), líder de jovens de sua igreja, treinador da “Fórum Academia” (academia particular para juízes e desembargadores do TJRJ) e líder da “Equipe Jorge Turco de Lutas” e do “Ministério Lutando por Vidas”, um servo dedicado exclusivamente a propagação da Obra de Deus nas comunidades do Rio de Janeiro e no Complexo Carcerário de Bangu (Casa de Custódia Muniz Sodré – RJ) e demais estados brasileiros para o resgate de vidas sem direção por meio da luta, tendo a Palavra de dias melhores em Cristo como filosofia principal...
Sem dúvida alguma um Lutador por Vidas!!!
“Mas, onde o pecado abundou, superabundou a Graça”. (Romanos 5:20)
